A Morte

A morte... Ai, quantos ais não cabem dentro de ti,

quantos áses de pontas-cabeças não comportas!

Suporta a coisa que dentro de si capota.

Dor fina que não se transporta...

De ai em ai tudo é aí. A vida....

Ah, face opaca em que se esconde os nós escombros das vigas que ignoram as rugas....

as rugas, as vigas, as vidas.

Tudo é cênico, como sênico é o nada.

Nadar: estado natural de tudo aquilo que tem vida.

Nem só de pandemia vive o ser,

mas de toda poesia que palavras nalgumas detêm.

Uma vida poética exige uma existência patética.

O pano verde-limão esconde o assombro que a tela não transmite.

As lembranças nem sempre são doces.

Agridoces... Agrícolas.

Jhonny Rodrigues
Enviado por Jhonny Rodrigues em 25/06/2020
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