Por que escrevo?
Não me julgue pelo meu bom gosto,
Para minha alma não há salvação,
Sou um lunático esquecido,
Aguardando o Armagedom.
Escrevo coisa impróprias,
Ataco em prosas, sem refrão,
Versos que zombam o cotidiano,
Gritos de dor, amor, revolta, paixão e indignação.
Não agrado a todos,
Amém! Não procuro a redenção,
Se discordas do que digo, tudo bem,
Não sou o senhor da razão.
Vezes minhas palavras são agressivas,
Outras leve, como algodão,
Minhas verdades não são únicas,
Nem tenho essa pretensão.
O que quero é dialogar,
Por em dúvida toda e qualquer versão,
Esmagar convicções concretas,
Matar regra e padrão.