Por que escrevo?

Não me julgue pelo meu bom gosto,

Para minha alma não há salvação,

Sou um lunático esquecido,

Aguardando o Armagedom.

Escrevo coisa impróprias,

Ataco em prosas, sem refrão,

Versos que zombam o cotidiano,

Gritos de dor, amor, revolta, paixão e indignação.

Não agrado a todos,

Amém! Não procuro a redenção,

Se discordas do que digo, tudo bem,

Não sou o senhor da razão.

Vezes minhas palavras são agressivas,

Outras leve, como algodão,

Minhas verdades não são únicas,

Nem tenho essa pretensão.

O que quero é dialogar,

Por em dúvida toda e qualquer versão,

Esmagar convicções concretas,

Matar regra e padrão.

Charles Alexandre
Enviado por Charles Alexandre em 19/06/2020
Código do texto: T6981579
Classificação de conteúdo: seguro