MOMENTOS VIVIDOS, E A VIVER
Izaías Veríssimo de Castro – 17/06/2020
No balançar da rede, na varanda da minha casa
Meu pensamento sem preguiça, vaga
Revendo, revivendo, imaginando...
Lugares por onde com você andei,
Lugares dos quais com você desfrutei
Lugares onde em sua companhia eu penso
Ir visitar num momento propenso
Me vi novamente contigo
Naquele fim de tarde de um domingo
Lá na Pampulha, na orla sombria do lago
Na cidade de Montes Claros
Nós dois vislumbrados, felizes, trocando afagos
Me vi outra vez na fazenda onde cresci
Andando a cavalo sentindo o vento “na cara”
E você deslumbrante, cabelo esvoaçante
Na sua potranca galopando ao lado
Depois relembro nós dois parados
Na sombra copal de um ipê florido
Atracados, aos beijos, eternos enamorados
E ali perto de arreios folgados no verde empastado
Meu cavalo preto, astuto, inteiro
E a sua potranca branca, assanhada
Nos planos futuristas da minha mente insistente
Vejo nós dois de mãos dadas passeando à vontade
Pelas cidades históricas de personagens heróicos
Lendas da arte, da cultura de Minas, boa parte
Depois do descanso, um jantar romântico
Eu, todo galhardo, você bem produzida
Degustando delícias mineiras, felizes da vida
Um passeio de trem, relembrando o passado
Beirando fazendas, entre montanhas e vales
Ouro Preto, Ouro Branco, Tiradentes
São João Del-rei, São Lourenço
Soledade de Minas, Passa Quatro, Coronel Fulgêncio
Adeus Mariana que eu já vou embora
Barão de Cocais, Rio Piracicaba, é chegada a hora
Nova Era, Antônio Dias, Timóteo, depois de João Monlevade
Ipatinga, Santana do Paraíso, Governador Valadares
Conselheiro Pena, Tumiringa, Resplendor e Aimorés
Depois de Belo Oriente e Periquito, eu sei que és
Vamos até o Espírito Santo, rumo à Vitória
Eu e você empolgados, despreocupados
Arr! Meu cachorro latiu, tudo se exauriu
Desperto do sonho, num sono danado
Vou pra cama descansar que o amanhã, vai ser “puxado”