DEPOIS DA MORTE

No delírio de gênio que dura um instante

Num êxtase augusto de arte e de ciência

o homem sufoca já sem paciência

exausto a tombar como bêbado errante!

E tomba! cansado da luta incessante...

Enfim satisfaz-se a sua exigência!

E ansioso, vibrando em toda a consciência

descobre a razão da vida inconstante!

Ao Pai elevai uma hosana bendita

De amor acendei-Lhe um humílimo círio

E na profunda paz onde nada se agita

Assim genuflexo em tão calmo delírio

Sentindo vibrar a corrente infinita

Adorai esse Deus em doce mistério...!

Attilio dos Santos Oliveira
Enviado por Attilio dos Santos Oliveira em 08/06/2020
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