DEPOIS DA MORTE
No delírio de gênio que dura um instante
Num êxtase augusto de arte e de ciência
o homem sufoca já sem paciência
exausto a tombar como bêbado errante!
E tomba! cansado da luta incessante...
Enfim satisfaz-se a sua exigência!
E ansioso, vibrando em toda a consciência
descobre a razão da vida inconstante!
Ao Pai elevai uma hosana bendita
De amor acendei-Lhe um humílimo círio
E na profunda paz onde nada se agita
Assim genuflexo em tão calmo delírio
Sentindo vibrar a corrente infinita
Adorai esse Deus em doce mistério...!