Jovem vida

E a história de um jovem moço

Cuja a vida, em demasia,

A tudo ele possuía,

Até em seus sonhos,nada a ganhar

Até por que, o que poderia desejar?

Não conhecia o seu jardim

O seu começo, não teria tal fim,

Porém a boca que sorria

De mesmo modo ao certo dizia,

"Esse começo há de vir".

E assim aconteceu

Quando um jovem adulto se fazia,

E uma velha ideia de companhia,

Sua cabeça convenceu.

Teria por fim um objetivo claro,

Em terras de sonho simplório

Mas que transformaria um destino caro,

Em parcelas de valor irrisório.

Seguiu tal meta recém pensada

Atravessando a longa calçada,

Levando apenas consigo,

A vontade e o necessário...

O último valor de aniversário.

E com esse pouco dinheiro chegaria,

Logo o aplicando por sua busca

Um emprego apenas, serviria,

Bastando contudo, a ocupação,

De uma certeza no coração.

Mas, apenas de um olhar sincero,

E de uma história da própria alma

Nada daquilo o concedeu a calma,

Recebendo apenas um "não"

Conjuntando à muitas formas de negação.

O jovem moço até ali não sabia

Dessas coisas mundo afora,

Corriqueiras e de todo dia

Acontecimentos do agora.

Não tinha sob os olhos, teto de gesso,

No lugar, teto estrelado

"Não devo disso desanimar ...

Isso é apenas um banco gelado"

Disse, já indo deitar.

Sonhou como se nunca antes tivera,

Como um véu que encobre a maldade

De uma riqueza que obtivera,

De uma longa e triste saudade.

E desse sonho viu muito além,

Estava trilhando caminho aberto

Lembrou-se das palavras de alguém,

Lhe falando um sorriso incerto.