SENTENÇA
Dentre o orvalho,
Distante se percebe o aroma,
A cristalina bruma, seiva da natureza...
Sente-se no tempo
O céu plúmbeo das paixões
Que aquece os corações
Macerados pelos desejos!
E, da vida, encontra-se o amor
Tombado pelas fantasias que retratam
A existência metafísica dentre lírios.
A noite é rainha e, as orações,
Põem-se aos pés dum altar
A fim de que as preces
Umedeçam os sonhos
E traga a anistia dos regalos
Que produzem prazer.
E as bocas suplicam que as brisas
Levem ao longe os trovões de prata
Que estrondam pelas madrugadas...
Ficam os devaneios áureos
Que são consumados pelo palor
Das estrelas que ficam silenciosas
Diante das horas que fenecem!
É a vida,
Astro maior dos sonhos reprimidos...
DE Ivan de Oliveira Melo