Para Onde Aponta o Nariz

Não me defino,

Pois ainda não me conheço.

Sei de lugares que passei,

De coisas que vivi,

Pessoas que encontrei,

Tantas outras que perdi.

Verdades que inventei,

A mentiras sobrevivi.

Já fui tratado como rei,

Como indigente já dormi.

Por um pão eu mendiguei,

Um prato de sopa recebi.

Por amor já me entreguei,

E por desamor fugi.

Religiões eu criei,

Falsos profetas eu segui,

Me disseram o que fazer,

Com quem andar, para onde ir,

Desta ilusão me libertei,

Mas em mim, me perdi.

Tô tentando me encontrar,

Buscando ao máximo ser feliz,

Sei o quanto é duro caminhar,

Mas não vou desistir.

Me afasto de impedimentos,

Daqueles que acham que sabem do que diz.

Se eu contar a minha história,

Irá perguntar como consegui.

Vezes a vida me atropela,

Mas sempre levanto,

Olho pra frente,

E sigo,

Para onde aponta meu nariz.

Charles Alexandre
Enviado por Charles Alexandre em 03/06/2020
Reeditado em 07/06/2020
Código do texto: T6967017
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