Para Onde Aponta o Nariz
Não me defino,
Pois ainda não me conheço.
Sei de lugares que passei,
De coisas que vivi,
Pessoas que encontrei,
Tantas outras que perdi.
Verdades que inventei,
A mentiras sobrevivi.
Já fui tratado como rei,
Como indigente já dormi.
Por um pão eu mendiguei,
Um prato de sopa recebi.
Por amor já me entreguei,
E por desamor fugi.
Religiões eu criei,
Falsos profetas eu segui,
Me disseram o que fazer,
Com quem andar, para onde ir,
Desta ilusão me libertei,
Mas em mim, me perdi.
Tô tentando me encontrar,
Buscando ao máximo ser feliz,
Sei o quanto é duro caminhar,
Mas não vou desistir.
Me afasto de impedimentos,
Daqueles que acham que sabem do que diz.
Se eu contar a minha história,
Irá perguntar como consegui.
Vezes a vida me atropela,
Mas sempre levanto,
Olho pra frente,
E sigo,
Para onde aponta meu nariz.