VIDA, LINDA VIDA
Meu hoje é nublado como um sonho
Ontem é o vazio dos espaços silenciosos
Amanhã talvez não seja o que me proponho
O tempo é um cemitério duvidoso
A poética é uma das linguagens dos deuses
Revela todas as faces numa única face
Minha lógica é dos sarcasmos, ironias e adeuses
Mas a vida, mais ampla, me reage
Sou espelho e dependo do referencial
Como o poema, sou vários em um só
A enxada guilhotina minha mão potencial
Minhas pernas estão presas com um nó
O mundo é um prepotente contra o prazer
Só nos dá migalhas do que gostaríamos de ter