Humilhado, será esquecido.
E quando a noite chegar,
Será só escuridão,
Não é o breu do seu quarto,
Mas o escuro do fundo de um maldito caixão.
Que força é essa?
Que imobilizam os braços,
A tua voz não ecoa,
Os teus olhos não piscam,
A tua mente trabalha,
Tuas pernas sem forças, à toa.
Será que acabou a pilha?
Do que adianta pensar?
Se o teu corpo não tem energia,
E a memória começa falhar.
Cuidado!
Escute, parece que algo vem em sua direção,
A esperança se desespera,
É o final, um punhado de terra jogado por alguma mão.
Depois é a pá que trabalha,
A terra cobre teu corpo.
Tanto humilhou com sucesso,
E escondeu tuas falhas,
Adiantou?
Se enterra o corpo,
E desenterra segredo, se acha pelos em ovo.
E quando vivo se achava herói,
E agora que descobriram,
E sua imagem destroem.
Queria um passado limpo,
Sujeira tentou esconder,
Agora surgem histórias,
De tua fama todos irão saber.
O ar procura puxar,
E a morte interromper,
Quer teus segredos guardar,
Quer outra a vez corromper.
Mas não adianta,
Sinto dizer mas é esperança perdida,
Agora é a mente que cansa,
Há pouco tempo, pede perdão pelo que fez em vida.
De orgulho se tornará lixo,
Pelos teus não será lembrado,
Será fonte de esforço,
Para ser esquecido.