Humilhado, será esquecido.

E quando a noite chegar,

Será só escuridão,

Não é o breu do seu quarto,

Mas o escuro do fundo de um maldito caixão.

Que força é essa?

Que imobilizam os braços,

A tua voz não ecoa,

Os teus olhos não piscam,

A tua mente trabalha,

Tuas pernas sem forças, à toa.

Será que acabou a pilha?

Do que adianta pensar?

Se o teu corpo não tem energia,

E a memória começa falhar.

Cuidado!

Escute, parece que algo vem em sua direção,

A esperança se desespera,

É o final, um punhado de terra jogado por alguma mão.

Depois é a pá que trabalha,

A terra cobre teu corpo.

Tanto humilhou com sucesso,

E escondeu tuas falhas,

Adiantou?

Se enterra o corpo,

E desenterra segredo, se acha pelos em ovo.

E quando vivo se achava herói,

E agora que descobriram,

E sua imagem destroem.

Queria um passado limpo,

Sujeira tentou esconder,

Agora surgem histórias,

De tua fama todos irão saber.

O ar procura puxar,

E a morte interromper,

Quer teus segredos guardar,

Quer outra a vez corromper.

Mas não adianta,

Sinto dizer mas é esperança perdida,

Agora é a mente que cansa,

Há pouco tempo, pede perdão pelo que fez em vida.

De orgulho se tornará lixo,

Pelos teus não será lembrado,

Será fonte de esforço,

Para ser esquecido.

Charles Alexandre
Enviado por Charles Alexandre em 28/05/2020
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