PARI E PASSU
Como eu gostaria...
De ter em mãos a colheita mais farta
Dividir o fruto que sacia
Vislumbrar semblantes felizes, em harmonia
Jazem dedos em árido solo
Imersos na poeira de muitos sonhos
Onde as lágrimas mais copiosas
Não são capazes de germinar única semente
De tão próspera a desigualdade enxerga-se banal
A vileza veste-se em finos trajes
Pari e passu seguem em rastilho a fome e a doença
Negando vida!
Ceifando existências.