paralelo 3
O perverso de mim me vergasta
Violenta-me corpo e alma
Intoxica-me
Reaviva feridas em cuidadosos movimentos circulares
Com a lâmina lenta e incisiva dos mais cortantes dramas e fantasias
Adoenta-me quando eu quase me cria são
Acidenta-me quando eu quase me protegia
Empurra-me impiedoso da altura distorcida de meus enganos
De minhas inevitáveis faltas, das diferenças
Das diferenças faz fracassos
E ironiza-me as lutas diante da história colmatada dos outros
Presumida de pontos esparsos e imagens estáticas sorridentes.
Preciso conter o perverso de mim
Preciso convalescer.