Grilhões de solidão

A minha alma se confunde com a noite,

Uma mistura nada secreta, apenas incerta.

A quarenta e oito anos a vida está prenha,

E a substância informe de minha existência,

Começa a ser entretecida no útero da realidade.

Os meus olhos refletem luz que alumia

E não enxergam o caminho do crescer.

Nos encontros e desencontros planetário,

Permaneço algemado nos grilhões da solidão.

Duas forças lutam dentro de mim,

Uma diz - pare!

A outra - continui!

Nessa hora, minhas entranhas são abraçadas

Pela incerteza, e meus pés se emaranham

Por que meus ouvidos recusam ouví-las.

Quem sou eu?

Um estranho conhecido de mim

E purcardiquié que não sou definido?

Charles Costa
Enviado por Charles Costa em 24/05/2020
Código do texto: T6956896
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