Grilhões de solidão
A minha alma se confunde com a noite,
Uma mistura nada secreta, apenas incerta.
A quarenta e oito anos a vida está prenha,
E a substância informe de minha existência,
Começa a ser entretecida no útero da realidade.
Os meus olhos refletem luz que alumia
E não enxergam o caminho do crescer.
Nos encontros e desencontros planetário,
Permaneço algemado nos grilhões da solidão.
Duas forças lutam dentro de mim,
Uma diz - pare!
A outra - continui!
Nessa hora, minhas entranhas são abraçadas
Pela incerteza, e meus pés se emaranham
Por que meus ouvidos recusam ouví-las.
Quem sou eu?
Um estranho conhecido de mim
E purcardiquié que não sou definido?