FOGARÉU
Perante o mundo entoei meu canto,
Escrevi em verso e prosa a fantasia
Que me fotografou na alma arredia
A simbiose catártica do meu pranto.
Diante do cosmos descrevi estrelas
Que salpicavam luz sobre os mares
E jogavam em suas vagas ondulares
Os sonhos líricos que são incertezas.
Pude navegar insólito sobre as dunas
Dos vícios... Ver as horas importunas
Que regem o mergulho sobre a areia...
Afinal, afoguei-me indócil no tempo
E tudo o que sei e que ainda eu penso
É que vida sem perfume se incendeia!
DE Ivan de Oliveira Melo