À beira-mar
Todo rabisco na areia
É eterno quando o vento
Pertencendo a nós por um momento
Eterniza o amor à beira-mar
Onde só o vento pode apagar
Mesmo se a brisa fosse, nada agridoce
Sobrariam as ondas, o lamento.
O mar entregue à brisa
Testemunha teu dedo em riste
Rabiscando tudo que não existe
Traçando entre nós tua divisa
Teu muro que por si só caíste
Desnudou todos teus escombros
Em poeira jaz o teu cenário triste.
O mar naufraga, enfrenta
Tu deflagras, arrebentas.
Como o mar tu me balanças
Em teus braços tal criança
Me nina, me adormece.
Diante do imenso mar, reluz!
Me acolhe, vem! me aquece.