Tempo

Rostos caídos, caucasianos

Faces destruídas, irreconhecíveis

Tempo que não volta, apenas progride

Minha pele transforma

Ao longo do tempo, desaparece

Vivi, vacilei, hesitei

O tempo não erra, nem espera

Ensina-te

Rostos distorcidos

Memórias apagadas

Gosto amargo de amargura

Assim tornei-me áspera

O tempo nunca é culpado

É força sem bem ou mal quereres

O tempo não é uma desgraça,

apenas nos concedeu graça

Caí nas próprias lástimas

Reergui-me e voltei a pensar

No tempo perdido, no tempo voraz

Alimentei-o, sua fome fora mordaz

Consumiu-me por inteiro, um período tácito

Fora silêncio, calmaria e àquele velho sábio

Meu rosto continuara distorcido

Quiçá, um pouco mais amável

JulianaRosa
Enviado por JulianaRosa em 04/05/2020
Código do texto: T6937118
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