Da Quarentena ao Poema


 
Aquela solidão não agendada
andava desconfortável.
Obedecia aos chamados do racional constituído
em conselhos de pressa por isolamento de um vírus.
Entregou sua liberdade às rédeas
de alguns sintomas e sentou-se ao abrigo da informação.
Esperou, esperava...
Sonhava com uma vacina que libertasse seu mundo de infectados.
Soprou letras sobre uma tela escura e,
num passe de mágica,
a despeito da máscara,
filtrou versos e ventilou-se um poema.
Sobreviveu à quarentena!
 
Rogoldoni
28 04 2020
https://rascunhosdarogoldoni.blogspot.com/2020/04/da-quarentena-ao-poema.html
 
Rosângela de Souza Goldoni
Enviado por Rosângela de Souza Goldoni em 29/04/2020
Reeditado em 29/04/2020
Código do texto: T6932262
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