MORADA
Se por tantas tristezas
Sou raso de lágrimas
E por instantes entres as grades de íntimo cárcere
Suspiro profundamente buscando indulgência
Peço socorro!
Em olhar alhures busco você...
Preciso abraçá-la, acolher minha face a sua
Amparar e acarinhar tua nuca
E no sustenido que vence o silêncio
Faço-me estandarte
Ouvindo o rítmo bem-sonante do teu coração
Pretérita se faz a agonia, pois vencida são as sombras
Pela luz fulgente do seu olhar
Refaz em mim a alegria de viver em ti
Pois em tua morada sou versos de amor.