La verdad, libertad y vida.
La verdad, libertad y vida.
Que Deus me conceda a sanidade dos loucos,
O vício aprisionado dos livres,
A ardência do álcool queimando a garganta,
Com a alegria rebelde dos bêbados cambaleantes,
Que dança ao som de ventos uivantes,
Em uma sinfonia imensa e constante.
Quero a inquietação do pensador,
Que ao acender um cigarro,
Abre portais desconhecidos,
E com uma volúpia intensa,
Suga a fumaça preenchendo os pulmões,
Liberando a mente da decepção de realidade,
Para a verdade da ilusão.
Quero o bandolim do Montenegro,
Correr entre os canteiros como Fagner,
Me apaixonar pela moça dos olhos azuis de Alceu,
Percorrer a Romaria de Teixeira.
Mas sou apenas um rapaz,
Latino americano, como Belchior.
Assim como Milton. Eu, caçador de mim,
Espalhando coisas sobre um chão de giz, como Zé me ensinou,
Quero usar e abusar do verbo provar,
Voar onde o longe é pouco,
Cruzar muros do além,
Quero beber da vida,
O que me oferece e que me convém.
Quero a irresponsabilidade de não dar satisfação a ninguém,
Crer que apenas valores é o que convém,
Acreditar que o ser humano pode romper barreiras,
Ir ainda, além.
Quero desvencilhar dos grilhões que me mantém aprisionado,
Destruir as certezas, me entregar ao medo,
Não ter a certeza do próximo passo.
Se der errado?
Não existe essa possibilidade a quem espera apenas o que a vida pode oferecer,
Sem expectativas.
Ser merecedor das alegrias e tristezas que as escolhas te propõe.
Sem a necessidade de agradar aos outros,
A vida te basta.
Vamos ouvir canções esquecidas,
Dizer palavras nunca ditas,
Amar sem a vergonha concebida,
Nós fartar dessa passagem que conhecemos como vida.
Que a liberdade nos conceda um sentido à vida,
E a solidariedade resgate a humanidade perdida.
Que o amor cicatrize toda e qualquer ferida,
Primeiro passo será dado na direção pretendida,
Com a coragem, apesar do medo, mas sempre de cabeça erguida.