EXÍLIO

Francisco de Paula Melo Aguiar

Expirar, morrer, adormecer e terminar a vida

Só assim a humanidade termina suas dores

É a COVID-19, com uma ou nenhuma lágrima fingida!

Em uma cova rasa, um punhado de terra e poucas flores.

Ah! Com a pandemia, poucas mortes serão sentidas

São poucos os defuntos que deixam amigos e ou amores!

Ante o coronavírus, algoz das almas assim consumidas

Ou si os tiveram ou estão com medo ou são traidores.

Na humanidade tudo é podre no mundo

Ela sabe disso e nem se importa...

Hoje ela o destrói, vive em sono profundo

Fede e não se incomoda com a natureza morta.

Estar mais do que na hora que o exílio não acabe

Cadê a ciência? Os governos da estatística da morte?

Morrer, dormir e nunca acordar, quem sabe?

Cada ser ver no outro o nada, seu transporte.

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 26/04/2020
Reeditado em 27/04/2020
Código do texto: T6929424
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