EXÍLIO
Francisco de Paula Melo Aguiar
Expirar, morrer, adormecer e terminar a vida
Só assim a humanidade termina suas dores
É a COVID-19, com uma ou nenhuma lágrima fingida!
Em uma cova rasa, um punhado de terra e poucas flores.
Ah! Com a pandemia, poucas mortes serão sentidas
São poucos os defuntos que deixam amigos e ou amores!
Ante o coronavírus, algoz das almas assim consumidas
Ou si os tiveram ou estão com medo ou são traidores.
Na humanidade tudo é podre no mundo
Ela sabe disso e nem se importa...
Hoje ela o destrói, vive em sono profundo
Fede e não se incomoda com a natureza morta.
Estar mais do que na hora que o exílio não acabe
Cadê a ciência? Os governos da estatística da morte?
Morrer, dormir e nunca acordar, quem sabe?
Cada ser ver no outro o nada, seu transporte.