Seremos Deuses um dia?.
Jogos complexos mentais,
Com fórmulas quase quê banais.
A genialidade e a loucura,
Quase que paralelas,
Sob a visão entorpecida da civilização cega.
Os sacrifícios torpes de suas crenças,
Queimadas nas fogueiras imaginárias
De suas lendas.
Como se os Deuses não passassem
De uma doce fábula obscura.
Toda cultura elevada a um nível atômico,
Pela grandeza genial de sua ignorância.
Seriamos Deuses,
Maiores que nossa arrogância,
Em um mundo devastado por nossas idiotices.
Vamos celebrar o nosso poder de destruir as coisas,
E de apagar boas memórias,
Para em seu lugar colocar memórias tristes.
Buscamos uma paz celestial,
Propagando a guerra, a ganância e a dor.
Somos autores de um livro sem escrita,
Com páginas manchadas por sangues diversos.
Mas em nossos versos de idolatria própria,
Culpamos os Deuses, o mundo, o universo...
Por sua passividade, diante de tudo isso.