Castelo
Juntei
Cada pedra que a vida me deu
E construi o mais
Deslumbrante e frágil Castelo.
Nele guardei,
Tudo o que eu havia de melhor:
Meus sonhos, esperanças,
Habilidades, vontades
Independencia e verdades.
E nele vivi, e vi o tempo passar
Ora tão lento, ora tão depressa
Mas eu não via pressa
Em ver o tempo passar.
Era tão belo, que eu nem havia
De imaginar que o tempo
Iria me tomar algo que construí;
O meu deslumbrante e frágil Castelo
Cujas pedras amontoadas foram
Pelo vento levadas
Destruindo assim tudo o que eu possuia dentro.
E cá estou, sem casa, sem sonhos
Sem habilidades, sem vontade,
Sem independência, sem verdade
Rumando o desconhecido
Que nem Deus sabe.