Nova norma

Nasci no tempo como todo mundo

Chorando, imundo e bruto.

Da mãe, o fruto:

Semente em primitivo amor profundo!

Mas me pergunto: “E antes, onde andava,

Sem ser no ar, matéria;

Sem sangue e artéria

Nem átomo, nem célula calada?”

Não sei! Só sei que aqui nasci morrendo

Enfim, vivendo em frente,

Indiferente

No acerto, no erro, mas em mim crescendo!

E em crescimento, me peguei pensando,

Que cada pranto em vida

Em vil ferida,

São mortes onde o vivo morre amando!

Na vida nós morremos tantas vezes...

São os revezes frios

Mexendo os brios.

Mas nos ensinam dias, anos, meses...

Se reza a prece e se suplica ajuda

Mas nada muda só!

Sejamos prós,

E então mudemos nós: Nunca se iluda!

Nós precisamos nos deixar morrer,

Deixar correr e ir,

Sem desistir

Para que o novo possa vir, nascer!

E um outro ser em nós renova a forma

E nos transforma em luz

E nos conduz

No amor, em nova lei, em nova norma...

Pinguinho Neto
Enviado por Pinguinho Neto em 15/04/2020
Código do texto: T6917976
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