DESCONTRAÇÃO

No meu devaneio, a visão era intensa,
das fases da lua rosa e seus brancos enigmas
uma chama luzente descia veloz e dispersa
dos montes verdes, no silêncio dos meus poemas.

Nunca tinha descrito essa tamanha saudade,
que me adormece impulsiva ao descer o sol
sem despertar-me inquieta na claridade,
pois na realidade não há flor nem rouxinol.


Que haja luz no amanhecer a tingir os dias
da sôfrega essência que na distância do riso
busca afetividade aquecendo as poesias
no limiar da contemplação com verso conciso.

A tristeza trôpega por sombras esmaeça,
e as cores do universo vibrem numa explosão
quem passou por essa vida, sem ter uma cobiça,
hoje suspira por abraços sem medos e comunhão.




 

Verdana Verdannis
Enviado por Verdana Verdannis em 14/04/2020
Reeditado em 21/05/2024
Código do texto: T6917304
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