Soneto da celebração etílica

Celebro a vida numa rubra taça,

Que seja o ouro ao copo da cerveja...

O que me importa, ora, agora veja,

É a busca eterna por alguma graça!

Um tapa forte, um beijo na cachaça,

Ou um conhaque: ah, o olho lacrimeja...

O que fazer se alma assim deseja?

De vez em quando o fígado rechaça!

Se a vida finda e, às vezes, sem avisos,

Porque não espalhar ébrios sorrisos

Do bar, do lar, ao mundo sem ter culpa?

Eterna é a busca da felicidade;

Eterna é a mesa e à volta, as amizades;

Eterna é a nossa etílica desculpa...

Pinguinho Neto
Enviado por Pinguinho Neto em 14/04/2020
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