Soneto da celebração etílica
Celebro a vida numa rubra taça,
Que seja o ouro ao copo da cerveja...
O que me importa, ora, agora veja,
É a busca eterna por alguma graça!
Um tapa forte, um beijo na cachaça,
Ou um conhaque: ah, o olho lacrimeja...
O que fazer se alma assim deseja?
De vez em quando o fígado rechaça!
Se a vida finda e, às vezes, sem avisos,
Porque não espalhar ébrios sorrisos
Do bar, do lar, ao mundo sem ter culpa?
Eterna é a busca da felicidade;
Eterna é a mesa e à volta, as amizades;
Eterna é a nossa etílica desculpa...