VIDA DE CABLOCO
Branca, pequena
Ao rés do chão
Teto de palha
Luz de lampião.
No seu interior,
Bonita, faceira,
vestida de chita,
a cabocla brejeira.
Caboclo moreno
muito folgado
vai pro roçado,
vem do roçado
E quando a lua cheia
a mata clareia,
caboclo sonhando
a viola ponteia.
E no domingo,
cheirando a canela,
Vai a cabocla
orar na capela
E o caboclo
de terno engomado
vai pro boteco
beber o seu trago
Eta vidinha
boa de se levar
vida de caboclo
que inveja me dá.
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