Infância
Que saudade tenho da varanda
Do cheiro do café a exalar
Das cantigas de roda, de ciranda
Das estórias narradas ao deitar.
Que saudade eu tenho da varanda
Do meu lar, da infância tenaz
De coisas que não voltam mais
Ah, tempo, para trás não anda?
Saudade eu tenho do jardim
Onde os passáros entoavam sinfonia
Ecoava em toda parte a melodia
Saudade que a lembrança refaz
De quando os pés ainda que descalços
Caminhavam sem percalços, em paz.