Ações sutilmente salutares
 
 
Ações sutis e delicadas como nas brisas dos ventos que sopram leves e naturalmente do mar

Onde silenciosamente fazem e permanecem suaves como as gaivotas que pairam no azul do céu e são invisíveis como o sopro do ar.

Ações modestas e cheias de motivações, que somos incapazes de decifrar o tamanho da beleza com exatidão

Onde não existem os arroubos de vaidades, mas sim, nas quietudes das noites que iluminam na escuridão.



Ações famintas como os lobos esfomeados que bebem nas fontes de vastas ilusões

Onde atacam felinamente e devoram instantaneamente almas sem quaisquer restrições.

Ações de soslaios que instigam enigmas para com os desolados e vulneráveis seres



Onde as crianças espiam pelas arestas, sem conseguirem decodificar as intenções malfazejas em seus amanheceres.


Ações que transformam um feio lamaçal num límpido e perfumado jardim florido

Onde brotam sementes adormecidas de invernos temerosos, sem luz e doloridos.

Ações distorcidas pelas guerras frias e sangrentas que amenizam a dor e as misérias vãs

Onde a mãe terra, com todo seu esplendor, toca e faz brotar as verdes maçãs.




 




 
Texto: Miriam Carmignan
Imagem Google