NOVO BIG-BANG
O amor, será que será contaminado?
O bem querer será, pelo vírus, devorado?
Dois, num quarto em penumbra, é multidão,
tantos que andam dentro de cada coração...
A fé, será deixada na esquina da descrença?
A fé, que um dia foi, será, de novo, mãe da ciência?
O coração do homem depende de sua craniana cabeça,
o vasto visgo que junta dúvidas depende dessa certeza...
A paz, será que virá pelas mãos do homem ou da doença?
Negada que foi a tantos pode se tornar a primeira sentença?
O espirito que erra pela terra necessita de cada pedaço espalhado,
num futuro que é agora não haverá mais perdão e nem pecado...
A imagem morre dentro do espelho que o fim dos tempos anuncia?
Tentar ler o que está escrito no verso do vírus será ato de poesia?
O primeiro caos e o segundo e o terceiro e este nefasto último
nos trará o efeito devastador de um novo Big-Bang súbito...