Sermos o timoneiro de nossas vidas



Piso firme e descalça nas areias brancas, cálidas e finas

Conduzida pelo timoneiro que navega lentamente no mar

Pedras milenares que se lapidam no chicoteio das ondas

Transfigurando-as em imagens fantasticamente divinas!

Perfis mudos que se transformam ungidos para encantar

Arrastam os enigmas dos tempos em gigantes anacondas.




Estrelas cristalinas caídas sob a luz do sol são imutáveis

Recolho-as com as mãos abertas, as esferas são disformes

Nostalgicamente supremo astral desperta o meu coração

Para grafitá-las em meu corpo, eternos amores irrefutáveis

Incontáveis movimentos que sucessivamente são enormes!

Entrelaço nas mãos que acariciam e seguram firme o timão.




Tentando conduzir o barco ouço os clamores e as seduções

De aromas e sabores no alvorecer que queimam ardentes

Na pele saudosa e envelhecida de intrínsecas encruzilhadas

Que da a infância até envelhecer geram fantásticas erupções

Como os vulcões jorrando suas lavas demasiadas quentes

Destruindo límpidos caminhos deixando as relvas petrificadas.







Texto e imagem: Miriam Carmignan