Porteira da Serra



Encanto para o olhar,
Toque recebido da imagem.
A paisagem abraça,
Como que mãe que acalenta o infante,
Toque da brisa da montanha.
A alma serena divaga em si.
Calor do coração,
Afetos alados visitam o cérebro.
E já não se quer ser,
Pois ser é cansativo,
Apenas mergulha no infinito,
Existe sem perguntar por que.
Existe, pois que o Todo lhe revela,
Conta-lhe segredos,
Que sempre serão mistérios.
Vento musical,
Brisa que vem úmida.
Em algum lugar do quadro,
O escoar de uma mina,
Faz canção com o som d’água.
Todo ar visita os pulmões.
E a inquietação verte-se em repouso.
Velha porteira, velhos caminhos,
Trilhas da eternidade,
A escada das efemeridades.
Pássaro construído pelo vôo.
Lágrima que lava os olhos,
Preguiça que é apenas ócio,
Esticam-se os músculos.
E o cérebro encantado,
Une as letras em versos,
E sopra letras na forma de poesia.



Autoria Foto: Sílvia Ferrante
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Gilberto Brandão Marcon
Enviado por Gilberto Brandão Marcon em 08/03/2020
Código do texto: T6882826
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