Ansiedade do que não faz parte.

Dor localizada

Na alma

Em seu profundo

E na porta de entrada

Eis que o louco esbarra

Na calça, na barra

Suja do barro

Na lama do carro

Não se importa com a nota

Mas estremece à linha torta

No que é devido, não nota

Quando é proibido, se toca

Há um velho pensamento

O matando por dentro

Que a vida se demora

Mas que sim, chega a hora

De longe vem lá

Quem nunca da as caras

De longe também vem

Visitas pelo bem

Não há tempo que se passe

Que seus caminhos entrelacem

O louco surge no compasso

Que seus músculos não relaxem

O coração que não aguenta

E a boca que não reage

Pensa, pensa, pensa

E pra matar vem a saudade

Desaponta o lápis

Desaponta as imagens

Quem mais parece se importar

Mais se vive pela metade

É verdade que disseram

Que a vontade não se faz

Mas um pouco de bom senso

Mal nenhum o deixa para tráz

Louco que é louco

E que não controla quando desperta

Louco que é louco

Põe fogo na própria aquarela

Há quem diga que vá mudar

Mas de vida, pensamentos ou lugar?

Que há de vantagem saber de tudo

Mas não saber se controlar?

Uma cabeça que explode

De tanto que há a pensar

E o futuro que não se demore

Porque um ansioso não sabe esperar

Há dinheiro em jogo

E há morte, próxima

Há também amor

Mas juntamente há má sorte

Que Deus proteja

Quem quer que seja

O louco que deseja

Ter a tranquilidade que almeja

Kai Czornei
Enviado por Kai Czornei em 07/03/2020
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