Nômade
A minha selvageria
É só mais uma ambição
A vontade esdrúxula
De devorar o mundo
Na catástrofe da imensidão
Em que tudo não passa
De um vão delírio
Ora solitário
Ora coletivo
Em que me perco no léu da madrugada
Procurando a não fatídica liberdade
De uma alma ambiciosa
Que roga tanta verdade
E nem sequer formou sua integridade
A morte
A plena realidade
Talvez a única certeza
Mas que consome em trauma
De não saber sua finalidade
Debruço-me sobre a instabilidade
Na confusão medonha
Vagando pelas cidades
Como uma nômade
Andando nas tardes
Procurando uma verdade
Ou outras tantas verdades
Mas não andei nem metade
Meu coração de fato é selvagem