O que somos nós

Mandei que a estimulação não insistisse

Que a força de cogitação me degustasse

Que se formasse no solo o que eu produzisse

Que conduza por fora do que pudera supor

Suportaria eu a profusão do incondicionado?

Ela é a contra-condição do homem suportado

A formação de um ser supurado

Que introduzira por ora aquele faça por fazer

Vivendo por ser natural. Natural e se suportar

Erguer de si mesmo o que no forjo calibrar

Dentre ruínas o que não houver também plantado

O rumo de coração no ramo espinhudo

A suplica do sucesso é o mau trato do amém

Amando o inverso do fazer o que se faça

Eis a graça do homem em seu está-se bem

Pela convulsão do frívolo refém em seu nada

Erguido na espada com desejos de opinião

Ora, isso não é som de coração

Era peneira da estima levantada aos pós

Putrefazendo e sentenciando o que somos nós.