Quem disse que o apego às coisas, seja um hábito doentio mentiu, ou enganou-se, em partes.
Tenho esse baú, nele objetos comuns, de significados vários!
Dentro dele estão contidas muitas...
Histórias
e
Memórias...
Por essas antigas fichas
Frias e sem nomes
Posso sentir e ouvir, quando caindo
O tilintar, o calor e um pedido de socorro
Um abraço e um beijo, dado a distância
Pois a distância e o tempo
Não os fazem, naquela hora
...naquele momento
De estarem, juntos ou pertos!
Também quase posso ler, contratos concretos
Um acerto, uma oportunidade de negócios
Um acordo firmando na hora
Pois, depois de irem embora
A ocasião se apresentou, de repente!
Gentes, jeitos e seus trejeitos
Histórias de momentos idos
Vividas, boas e más memórias
Talvez, ali um pedido de desculpas
Um clamor lacerante de perdão
Que o tempo já deva
Ter corroido, a vergonha e o orgulho
Ficando um vácuo de sentimentos
Bem lá pra traz, necessários
Para que a vida, se alivie e siga adiante!
Noutras moedas, tantas e distintas
De línguas e valores, de povos ricos ou sofridos
O pagamento do amigo honesto
Depois do socorro prestado
Num ato de reconhecimento
Pelo momento difícil e apertado
Que graças a Deus, já passou!
Centavos, coroas, rainhas ou reis,
Réis, costumes, brasões,
Fé, fanatismos, superstições
Caras importantes, lordes ou plebeus
Fatos idos, acontecimentos
Momentos vividos, Deus!