Bala perdida
O tempo atravessa
O meu corpo
Faz rebuliço
Levanta poeira
Não deixa pedra sobre pedra
Faz de mim
Um outro alguém
Que morre pouco a pouco
Sem ter a chance
De pedir por socorro
O tempo mesmo sendo
minha construção
Deixa suas marcas
Em minhas mãos
E faz os ossos rangerem
Sinto profundamente
a dor desse sinistro chicotear...
Mesmo não tendo
a intenção
Rendo-me aos limites
Senís
Vejo cada vez menos
A dança dos ponteiros
Que brincam, rodopiam
Nessa ciranda encantada
Que parece feliz
O tempo que vara
Todos os meus dias
É tiro de bala perdida
Que mata-me como
um algoz
Mas insisto e resisto
É nesse carro sutil que viajo,
Que experimento da vida,
Onde fiz a mulher da menina,
é o espaço onde a ecoa minha voz...
Mas tudo é um sonho
De lembranças amanhecidas
Ah, foi tudo muito veloz!
O tempo atravessa
O meu corpo
Faz rebuliço
Levanta poeira
Não deixa pedra sobre pedra
Faz de mim
Um outro alguém
Que morre pouco a pouco
Sem ter a chance
De pedir por socorro
O tempo mesmo sendo
minha construção
Deixa suas marcas
Em minhas mãos
E faz os ossos rangerem
Sinto profundamente
a dor desse sinistro chicotear...
Mesmo não tendo
a intenção
Rendo-me aos limites
Senís
Vejo cada vez menos
A dança dos ponteiros
Que brincam, rodopiam
Nessa ciranda encantada
Que parece feliz
O tempo que vara
Todos os meus dias
É tiro de bala perdida
Que mata-me como
um algoz
Mas insisto e resisto
É nesse carro sutil que viajo,
Que experimento da vida,
Onde fiz a mulher da menina,
é o espaço onde a ecoa minha voz...
Mas tudo é um sonho
De lembranças amanhecidas
Ah, foi tudo muito veloz!