Malabarista assimétrico

Escárnio flamejante de alma inquieta,

Sussurra com malícia impiedosos devaneios irreais,

Circunda com tom bravo o ápice percentual de uma breve loucura. Ataca. Vê. Desiste.

Pulsa com vigor sensações abruptas de um bêbedo encalacrado pelos drinks da amarga vida.

Socorre o malabarista indefeso pelo desequilíbrio do ofício. O rememora audazmente.

Eis o fracasso indistinto do que nasceu para ser. Ou escolhe ter.

Cai. Pensa. Talvez chora.

Transfigura insegurança para incontáveis armações.

O preenchimento indigente do que não teve, ou melhor, do que não ousou ter.

Sara Beatriz Serra
Enviado por Sara Beatriz Serra em 09/02/2020
Reeditado em 09/02/2020
Código do texto: T6862231
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