FIM DO MUNDO

Como vivo nesse mundo

se não tenho com quem ficar

até os parasitas ambulantes

de viver, quiseram-se cessar;

não resta me mais a dúvida

que o mundo vai se acabar.

Fiquei a tempos percebendo

com o olhar bem fixado,

nos sete amigos do amor

sua existência ao meu lado,

no entanto, o decorrente,

já me conclui resultado.

Atrás do amor corri

com toda velocidade,

riqueza e sabedoria,

levei também a vaidade,

mais só encontrei a tristeza

e não a felicidade.

Parei com o tempo e a esperança

de um dia poder encontrar,

a felicidade e o amor

para a minha vida continuar,

dificilmente, hoje em dia,

encontrá-los em qualquer lugar.

Permaneci com a esperança

até quando resolvi,

ir atrás da sabedoria

buscar-lhe um outro porvir;

por surpresa extraordinária,

não se encontra por aqui!

Reaproveitando minha ação,

procuro pela riqueza;

esta faliu foi à tempos,

me encontro com a nobreza,

negando-a qualquer pedido;

temendo cair em fraqueza.

Furioso e enraivecido

com a perda de esforços dados,

me optei pela vaidade

mesmo que fosse escusado;

infelizmente não a encontro

por tê-la se suicidada.

Temendo ficar solitário

resolvo procurar a tristeza

para me fazer companhia,

me deparo com a surpresa:

de que ela tão triste, imóvel;

morreste por se sentir presa!

Aflito e sem ver solução,

fiquei em plena extremidade,

quando de repente o tempo,

junto com a felicidade,

passava acenando pra me

indo pra eternidade.

No mesmo instante ao meu lado,

quem comigo restava vida;

soluçava com fortes dores

sem da morte ter saída;

vai se embora a esperança

a única compadecida.

Perplexo de mágoa e dor

corei todos os prantos meus;

pedi a morte:

em nome do amor, levasse eu.

Como vivo?

se até a esperança morreu!

OSANAN LEAL
Enviado por OSANAN LEAL em 06/02/2020
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