Manhã

Pela rua estreita os homens

caminham como os motores

sem vida e as chaminés das

fábricas, já marcam o ritmo.

Mostram formas estranhas

de bichos enormes indo em

busca do velho matadouro,

dos que não têm dinheiro.

E nessa manhã nevoenta os

homens sozinhos, e sempre,

vão passando, levando suas

marmitas com feijão e arroz.

Uma manhã como as outras

como chicote assassino, ela

corta o vento da manhã, tal

qual policiais que espreitam.

Daniel Bezerra da Silva
Enviado por Daniel Bezerra da Silva em 28/01/2020
Código do texto: T6852247
Classificação de conteúdo: seguro