Manhã
Pela rua estreita os homens
caminham como os motores
sem vida e as chaminés das
fábricas, já marcam o ritmo.
Mostram formas estranhas
de bichos enormes indo em
busca do velho matadouro,
dos que não têm dinheiro.
E nessa manhã nevoenta os
homens sozinhos, e sempre,
vão passando, levando suas
marmitas com feijão e arroz.
Uma manhã como as outras
como chicote assassino, ela
corta o vento da manhã, tal
qual policiais que espreitam.