Sentidos
Vivo por algumas vidas
Morro por outras mortes
Vivo porque não morro
Morro porque não vivo.
Como fênix busco sentidos
Em cada entrelinha dos acordes plangentes,
Extasiam-se apaixonadamente
Ao espetáculo da conflagração.
Refina, ensina, regenera
O ouro, vermelho-roxo-sol
Brilhante, imaculada,
Semi-imortal.
A força é imbatível, transporta elefantes,
Galgando no ar falconiformimente
Na liberdade de ser.
Renasço da morte
Vivo, morro, revivo
Gera-se a vida pelas cinzas.
Ruinas são História
Minhas lágrimas podem curar feridas
E já não partirei dessa vida sem um fim.