O mar.
O sangue condimentado
Fervendo contra minha pele
De horas aladas e flores de ontem.
No momento condenado ao degredo
Fiz raiz profunda e quadrada.
Fiz minhas cordas, trancei o cabelo
De diferentes pedaços quebrados.
Levei tudo pro mar...
E quando a água ficou negra tudo havia sumido,
Voltei à terra e já era outro.
Já tinha couro espesso
E veneno na língua,
já suportava o sal.
Aprendi na água; de raiz quadrada fazer raiz aérea.
E se não fosse assim?
Se não fosse assim, não flutuaria.