MODESTA POESIA

Sempre será assim,

o começo sempre tão perto do fim,

o até logo com logo te vejo,

a coragem de amar sempre cheia de medo...

Será assim sempre,

o beijo sempre tão perto do dente,

os lábios a procurarem fazer outra vida,

o suave e doce beijo, irmão da mordida...

Assim sempre será,

a onda que se despede e sempre volta pro mar,

a brisa que escapa da avassaladora tempestade

se deita no colo da moça e mata a sua vontade...

Por mais que mudemos os dias nos calendários,

lancemos navios aos cais vindouros, santuários,

estaremos sempre à mercê do caos que nos cria,

dentro e fora dos versos desta modesta poesia...