AINDA BEM...
à Teônia
Ainda bem que tem
quem lê poesias
como um sol que vê o dia
como uma das estações da alma,
entende o que foi dito e relê com calma,
olha pela janela e vê as begônias,
lá está a caminhar, feliz, Teônia...
Somos tão poucos a admirar o outro
que quando surge um olhar afetuoso
é bom que aprendamos como perceber
que na vida tem não só o nosso viver...
Somos da água tão parecidos,
por isso o vasto e dolorido choro,
somos quase tão iguais ao vidro,
por isso vemos do outro lado o outro,
somos tão massa da mesma concepção,
por isso todos tem em comum o coração...
Ainda bem que escrevemos nas cavernas de hoje
palavras claras, luminosas, incendeiam a insônia,
ainda bem que ainda temos as asas que trouxe
nossos sonhos à tona, para repartirmos, né, Teônia?