A Vida e Suas Catacreses
As Correntes do Bem não te aprisionam,
Não te deixa resfriado o Vento da Consciência;
A Dor da Perda entorpecentes não curam,
E o Vazio da Alma não há volume que preencha.
A Fome de Carinho não se mata com comida,
O Ouro da Gratidão não há dinheiro que pague;
O Vírus do bom humor não te deixa doente,
Não profere ofensa a Voz da Generosidade.
Tempestades de Sorrisos não causam danos,
O Olhar do Sentimento não tem miopia.
As Portas do Coração não têm fechadura,
E não existe beleza sem poesia.
Os Laços da Amizade não te amarram,
A Muralha da Saudade não te prende.
Os Ponteiros do Tempo, não atrasam nem adiantam,
E o Voto de Confiança não se vende.
A Perda do Egoísmo não empobrece,
As Luzes do Saber não podem ser cortadas.
O Discurso da Humildade não se enaltece.
As Vestes da Honestidade não ficam manchadas.
A Boca da Noite não faz fofoca,
Não há dentista para a corrupta Engrenagem;
A Lente da inteligência nunca desfoca.
O Rosto da Verdade não usa maquiagem.
Os Ruídos do Bom senso não são irritantes,
O Combustível do Ânimo não tem inflação,
A voz da Caridade não usa Auto-falantes.
Não têm Vacina contra Solidão.
Das Garras da Morte ninguém escapa,
O Livro da Sapiência não se guarda em armários.
O que a Memória ama nada desata;
Nos Caminhos do Amor não existem atalhos.