A Vida e Suas Catacreses

As Correntes do Bem não te aprisionam,

Não te deixa resfriado o Vento da Consciência;

A Dor da Perda entorpecentes não curam,

E o Vazio da Alma não há volume que preencha.

A Fome de Carinho não se mata com comida,

O Ouro da Gratidão não há dinheiro que pague;

O Vírus do bom humor não te deixa doente,

Não profere ofensa a Voz da Generosidade.

Tempestades de Sorrisos não causam danos,

O Olhar do Sentimento não tem miopia.

As Portas do Coração não têm fechadura,

E não existe beleza sem poesia.

Os Laços da Amizade não te amarram,

A Muralha da Saudade não te prende.

Os Ponteiros do Tempo, não atrasam nem adiantam,

E o Voto de Confiança não se vende.

A Perda do Egoísmo não empobrece,

As Luzes do Saber não podem ser cortadas.

O Discurso da Humildade não se enaltece.

As Vestes da Honestidade não ficam manchadas.

A Boca da Noite não faz fofoca,

Não há dentista para a corrupta Engrenagem;

A Lente da inteligência nunca desfoca.

O Rosto da Verdade não usa maquiagem.

Os Ruídos do Bom senso não são irritantes,

O Combustível do Ânimo não tem inflação,

A voz da Caridade não usa Auto-falantes.

Não têm Vacina contra Solidão.

Das Garras da Morte ninguém escapa,

O Livro da Sapiência não se guarda em armários.

O que a Memória ama nada desata;

Nos Caminhos do Amor não existem atalhos.

Gi Luz
Enviado por Gi Luz em 17/01/2020
Reeditado em 17/01/2020
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