Viking- Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros Rio de Janeiro Brasil.

VIKING - Luiz Poeta - Luiz Gilberto de Barros

Meus olhos vikings atravessam horizontes...

Sou timoneiro e as vezes remador,

O meu amor velejador não constrói pontes,

Pois ele é livre em meu olhar de sonhador.

Se há calmarias, uso a força do meu verso

Ela me leva ao meu destino sedutor,

Solto as amarras, deixo o medo submerso

E sigo em frente, pois eu sou

desbravador

O meu destino é soltar - me na corrente

De cada onda azulada e cristalina,

A liberdade é muito mais do que a alma sente,

Quando é na alma que o silêncio se ilumina.

Sou um guerreiro, sobrevivo ao desencanto,

Faço do pranto, meu tombo de cachoeira,

Mas quando caio, sou teimoso e me levanto:

Volto ao encanto sedutor da corredeira.

Barco feliz da minha própria ficção,

Meu coração não desafia a água do mar,

Porque ele sabe que apesar da sedução,

Minha razão me mostra quando navegar.

Tenho meu tempo... se um veleiro envelhece,

Meu sonho tece meus antigos oceanos

E toda vez que a abstração me enternece,

Desaparece a dor dos velhos desenganos.

Minha ternura é tão antiga quanto as dores

Dos dissabores que eu já tive pela vida,

Viver é ter as tatuagens dos amores

E as cicatrizes que ficaram das feridas.

Por ser assim, velejador por natureza

Vejo beleza até na dor e, quando crio,

Meu verso solta o meu amor na correnteza

Para que eu veja o quanto é livre o meu navio.

Do meu convés de abstrações, escolho a rota,

Só quem me nota, nesse quadro sedutor

É outro olhar de sonhador que não desbota,

Porque ele faz parte da frota desse amor.

...

às 21h e 08 min do dia primeiro de maio de 2019 - registrado no Recanto das Letras. Visite-nos.

LUIZ POETA
Enviado por LUIZ POETA em 14/01/2020
Código do texto: T6841955
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