Estigma temporal
O tempo, que é um estigma
Chega a ser sufocante
O tanto de alma que morre
Na instabilidade da hora
Na estupidez do sentir
Que estremece o corpo
E num voraz distúrbio
A racionalidade faz repelir
Nada era verdade
E não parecia inteiro
Na verdade, era só metade
De metades de metades
Não havia um ponto certeiro
A vida se desdobra numa mentira
A vida nunca fora esta beldade
Era só ventania
Que encobria a realidade
E fantasiava, em passa tempo
Tudo que parecia felicidade
Uma faceta...
Brilhante!