A Morada em mim
Eu cheguei a este mundo
Como andarilho sem teto,
Vou trilhando a existência
Sem ter rumo ou destino certo.
Procuro por materiais
Para construir residência,
Edificar a morada
A qual chamarei de consciência.
Essa minha armadura é mortal,
Só corpo e casca que sucumbe à dor;
Mas meu ser é cidadão do mundo,
É morada e não morador.
Sem regatear com a vida,
Me edifico com destreza.
Pois a minha grande obra,
É a construção de mim mesma.