"O MENINO DA CALÇADA"

Sem abrigo, sem caminho

Arremessado ao próprio destino

Me vi sem rumo ainda menino

Caminhando por espinho

Tropeçando nos próprios passos

Senti o mundo ruir embaixo dos pés

Tão cruel a vida me dando revês

O menino e seu destino pedregoso

Esperanças e sonhos, vida despedaçada

A noite tão bela e iluminada

O menino solitário sem rumo na calçada

Como a um voo cego ao acaso

O menino instalado na calçada

Vagando por ferozes e furiosos rugidos

O sobressalto lhe ignora o repouso

Delicado leito arenoso

O menino caminha pelo destino

Cabisbaixo, lagrimas na face desapontado

Vento lhe bate a face furioso

O menino da calçada e o sonho sufocado

Poeta do Nordeste
Enviado por Poeta do Nordeste em 09/01/2020
Código do texto: T6837767
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