Mariposas Humanas
Pálida existência,
De dores sem graça,
De felicidades fugazes.
Melhor a alienação,
Do que a sabedoria?
Vivendo por instintos,
Animais civilizados,
Tolas mariposas,
A chocarem com a luz,
O calor artificial,
A falsa luz,
E dói mais a ilusão,
Ou saber a verdade?
E qual é a verdade?
Senão reconhecer à fragilidade,
Em encontrar com a efemeridade.
Então: mariposas conscientes?
Tolos travestidos de sábios,
Não mais que isto,
E então caberia aos sábios
Assumirem a própria tolice.
Copo de bebida amarga.
Coração cansado.
Não quer a vida.
Ainda não se entendeu com a morte,
E então, sorri, recria a face,
Perdidas expressões.
Fecha os olhos,
Mariposa estúpida,
Sonha com seu vôo,
Casulo alado,
E não vieram lágrimas,
Não chegaram sorrisos,
Não chegou a lugar algum.