Tempos
O ano que vem
passou e nem vi.
Ficou pra trás
o presente
que insiste em ferir.
O futuro
este pranto bruto
um soluço profundo
que ainda ri.
Resta nada
da miséria ingrata
da fome da alma
que mata
que acalma
que basta.
O ano que vem
passou e nem vi.
Ficou pra trás
o presente
que insiste em ferir.
O futuro
este pranto bruto
um soluço profundo
que ainda ri.
Resta nada
da miséria ingrata
da fome da alma
que mata
que acalma
que basta.