Entre nós
O mundo ruge, espanca-nos o tempo,
flor rubra no espelho sem fim.
Espero em sombras se a quero ver
nada nos atinge, arranjando novos tempos,
soltando os verbos da língua...
Mudo os livros de cima para baixo
a de cima fica vazia, dando espaço aos olhos
e tento adivinhar as horas.
Entre nós, quando me perco,
ainda estás nos meus sonhos
na perfeição do momento, com tempo!